quarta-feira, julho 16, 2003

no sobe e desce da montanha russa...

Será que desisto de tudo? Superar limites é muito difícil. Talvez seja um desgaste muito grande... e desnecessário. Não tenho mais nada a dizer. Agora quero ouvir. Será que não disse o suficiente? Não se pode esperar por nada. O que se deve é respeitar os sentimentos. Somos humanos, não é isso? Nem tudo exige uma explicação. Fico tentando encontrar justificativas para este mal-entendido. Essa sensação de incompreensão. Daria tudo para freqüentar certos pensamentos alheios. Será que isso resolveria minha insegurança ou alimentaria meu sofrimento.
Sei que me sinto sozinha, com um desejo enrustido de gritar bem alto que não é nada disso. Que somos o que somos e pronto. E é por isso que eu quero. Respeito o seu jeito. Respeite o meu também.
Porque tenho a impressão de que empaquei. Não consigo avançar nesta relação. Há sempre um roda moinho que me leva para o mesmo ponto. Ou melhor, parece que há regressão. Como uma montanha russa, as vezes no alto, as vezes embaixo. Não há evolução.
Por que?
E sinto que queria dizer mais, ou dizer de outra maneira. Parece que sempre falta alguma coisa. Sabe quando vc fica com aquilo preso na garganta? Aquele sentimento de autocontrole involuntário, mas forte que a naturalidade de ser? É isso que sinto. Como se racionalizasse qualquer atitude e que por isso, as atitudes perdessem intensidade, porque não têm paixão, não são frutos de um desejo natural e sim premeditado. De ser aceitável, agradável, há todo instante.
Que besteira! Logo eu que sou tão isso e tão aquilo. Tenho a sensação de ser nada, vazio. Sem sal, tempero, sabor. Sem sedução nenhuma. Diante deste sentimento eu me rendo. Não sei me colocar e não sei o que fazer. Escolho o silêncio e mais uma vez roda o moinho.