Respirando Buenos Aires

Milonga, Beunos Aires - mar 2006

Achei tão interessante!
A cidade tem um clima muito elegante. Cafés, restaurantes, vinhos, sorvete.. ummm..

Tivemos muita sorte: sem muito programar fomos caminhando e buscando nossos passeios. Fomos passear na Ricoleta, numa das feirinhas deliciosas de artesanato. Esbarramos num brasileiro numa barraquinha. Ele e o Gian ficaram de olho no mesmo chapéu. De Belém, Abraão estava morando em Buenos Aires havia um ano. Nos contou que mais tarde rolaria um festival de tango no centro da cidade, ao ar livre e de graça. Milonga, como dizem por lá. à noite fomos conferir e foi muito bacana. Uma avenida bem central foi interditada para o Festival noturno durante uma semana. Uma linda orquestra tocava tangos tradicionais e as pessoas bailavam no meio da rua. Todas as idades. Uma graça.

Em San Telmo enlouqueci. Uma feira fabulosa cheia de cacarecos interessantes, um mega brechó. Ele ficou espantado com os meus olhos brilhando: quero tudo! entrei numa feira de estudantes de moda e fiz a festa.. tudo era tão barato e tão autêntico que não consegui me conter! lá pegamos uma filipeta de eletrotango, ummm... interessante

O Teatro era bem familiar. Parecia algo como Teatro Odisséia. uma banda de músicos (charmosos!) tocava instrumentos acústicos enquanto um carinha mesclava programações. ao fundo, imagens de Buenos Aires tratadas artísticamente com imagens ao vivo dos músicos. Muito chique, Tangueto.

Não medimos os custos. Gastávamos o que queríamos sem pudor. Foi ótimo só que no final da viagem já não restava nada, somente um drink no cassino de Puerto Madeiro.

Será que vamos? não temos quase nada para gastar.. e o taxi.. não...e nos escondemos no nosso quentinho.
Foi quando ele teve o pulso de dizer: Ah vamos!

E este foi o Gran Finale da Viagem, ha!

Chegamos no cassino, era num navio. Olhamos ao nosso redor para sentir o ambiente. Sentamos no bar e consumimos o nosso drink 0800. Vodka com suco de laranja! Eu queria entender como tudo funcionava e de alguma maneira aumentar a nossa sorte. Uns caras totalmente vidrados, com copos de bebida na mão, fumando cigarros loucamente, apostavam pilhas e pilhas de fichas. Eu ficava imaginando quanto dinheiro escorregava tão trivialmente de suas mãos.

Tínhamos 50 pesos e com eles compramos todas as fichas que podíamos. Eu, num momento espontâneamente profético disse: vamos sair com 500 pesos. O importante era sentir a energia ao redor da roleta, olhar no olho do carinha que pilotava a mesa e observar as pessoas que estavam jogando. Escolhemos a primeira mesa e apostamos no 17. pois bem, de cara ganhamos 35 vezes o que apostamos... e o dinheiro foi se multiplicando.. multiplicando.... a endorfina parece que vai te tomando, vc quer ganhar, ganhar.. de repente vc perde e ainda sim contina acreditando que a sorte vai te brindar com mais e mais fichas..não deu outra: saimos com 525 pesos!!!

No dia seguinte piramos! ficou decido que dinheiro de jogo tinha que ser gasto, ou melhor, torrado, sem pudores. saimos comprando tudo que gostávamos! compramos presentes, roupas, sapatos, alfajores..pura luxúria pecaminosa, sem peso, não foi dinheiro suado.. foi sorte! voltar para casa e pagar a conta de luz é que não dá.

assim foi nosso último momento na cidade.. cheios de sacolas correndo pelas ruas, rindo a vera, numa loucura quase diabólica e infantil. Ummm... foi ótimo!


Museu da América Latina de Buenos Aires, Malba - mar 2006