sexta-feira, outubro 10, 2003

La Putanesca

La putanesca
o garçom fala uma língua estranha com a mamadona. albanês. o outro e de kosovo e me explica que tb se considera albanes porque kosovo, Iugoslávia, tcheco Eslováquia e tarara. o camareiro e húngaro. quando chego na cozinha escuto espanhol. o cozinheiro e equatoriano e se chama Miguel. ele me apresenta seus assistentes. mexicanos. a nova
bartender é loiríssima e tem olhos azuis. e da Rússia. trabalho num restaurante italiano. de italiano só La putanesca, um
dos aperitivos do menu.

a máfia albanesa chegou em Nova York junto com a russa e simplesmente tomou o espaço da máfia italiana criando restaurantes de culinária...albanesa? não, italiana. servem como fachadas de negócios escusos que a minha curiosidade de jornalista, fresquinha, fresquinha, quer investigar mas que a minha sanidade, ainda que pouca, não me deixa ousar em tentar.

o pirado do metro

o metro em Nova York já e um grande evento. outro dia estava eu sentada praticando meu subwayspanhish lendo todos os avisos de perigo escritos em espanhol quando um carinha entrou numa de não sair da porta do vagão...stay clear of the closing doors please...o cara continuava na porta e o negão a sua frente começou a reclamar.
get out of the fucking door man! o ser humano se descontrolou e de repente o condutor do vagão estava aos berros com o pirado dizendo que ia chamar a policia. meia hora se passou e o negão já estava junto com o condutor e todo o metro pulando em cima do pirado. um grupo de estudantes de cinema da universidade de nova york surgiu do nada (do nada!) com câmeras a postos e um grande espetáculo se formou. ficamos parados 40 min quando a policia chegou e colocou ordem no recinto. eu sento novamente e duas mulheres a minha frente me perguntam: que paso?

ilegal world

Ao lado do restaurante albanes, ou seja, italiano, existe um café também italiano (o dono 'e legitimo) onde trabalhei por um único fim de semana. fiquei sabendo do trabalho através do garçom de outro restaurante italiano (será albanes?) onde comi um delicioso almoço depois de dias subindo 6 lances de escada (moro no sexto andar de um prédio sem elevador) com apenas um bagel no estômago. o milagre do cartão de credito do papai... a paulista do café simplesmente foi com a minha cara e me contratou. Rita veio aos estados Unidos na cara e na coragem, sem uma palavra de inglês no bolso. começou lavando pratos e assim ficou por 5 meses. a mulher, esperta pra caramba, pegou o inglês na raça e dai começou a atender mesas. hoje e gerente deste café. junto com ela trabalham um mineiro que já rodou tudo quanto e cozinha neste pais, um polonês pintoso pintoso, uma turca com um nome engraçadíssimo, gul, e claro, mexicanos na cozinha. todos são completamente inexistentes nesta sociedade.